ETAPA
3.
O novo trato á questão
social no contexto da reestruturação do capital. Marco legal e a presença do
chamado terceiro setor. O crescimento do terceiro setor. A instrumentalidade e
a funcionalidade do terceiro para o projeto neoliberal.
Nos
dias atuais é de suma importância a discussão do papel desempenhado pelas
Organizações Não-Governamentais – ONGs, Fundações, Associações etc., que
compõem o chamado “terceiro setor”. Em primeiro lugar, porque é necessário
explicitar o que vem a ser este setor, o que tem de diferente ou de especial
para ser designado desta forma. Ainda imperam muitas imprecisões nas tentativas
de definições do termo. Em segundo lugar, porque essa é uma discussão que não
deve ficar apenas na seara dos defensores do "terceiro setor", dentro
e fora dos meios acadêmicos, mas deve ser assumida como objeto de investigação
pelos intelectuais comprometidos com uma análise crítica.
A
denominação “terceiro setor” se explicaria, para diferenciá-lo do Estado
(Primeiro Setor) e do setor privado (Segundo Setor). Ambos não estariam
conseguindo responder às demandas sociais: o primeiro, pela ineficiência; o
segundo, porque faz parte da sua natureza visar o lucro.
Essa
lacuna seria assim ocupada por um “terceiro setor” supostamente acima da
sagacidade do setor privado e da incompetência e ineficiência do Estado. É
comum na literatura sobre o tema classificá-lo como “sem fins lucrativos”.
Nesta
linha de raciocínio, permanece sem questionamento o fato das fundações
empresariais, que financiam direta ou indiretamente algumas ONGs, fazerem uma
atuação “direta” em uma determinada “comunidade”, geralmente no mesmo espaço
geográfico onde estão instaladas suas fábricas; e, não se envergonharem de
pagarem baixos salários para os seus funcionários ou até mesmo em demiti-los.
Remando contra a maré, Montaño vai aos poucos, de maneira clara e objetiva,
desmistificando o chamado “terceiro setor”, colocando-o no lugar que de fato
ocupa: dentro da lógica de reestruturação do capital.
Sob
este ângulo, o “terceiro setor” perde o glamour. Deixa de ser visto como querem
seus defensores e mentores: a forma encontrada pela “sociedade civil” para
preencher a lacuna deixada pelo Estado. Mesmo porque, para estes, não é função
do Estado – ou pelo menos não apenas dele – o atendimento das áreas sociais.
O
"terceiro setor" cumpre nas implementações das políticas neoliberais
e a sua sintonia com o processo de reestruturação do capital pós 70. Ou seja,
flexibilização das relações de trabalho, afastamento do Estado das
responsabilidades sociais e da regulação social entre capital e trabalho. No
entanto, o Estado, permanece como instrumento de consolidação “hegemônica do
capital mediante seu papel central no processo de desregulação e (contra)
reforma estatal, na reestruturação produtiva, na flexibilização produtiva e
comercial, no financiamento ao capital, particularmente financeiro”.
O
“terceiro setor” que, aparentemente, pode parecer um espaço de participação da
sociedade, representa a fragmentação das políticas sociais e, por conseguinte,
das lutas dos movimentos sociais. Neste sentido, como vimos pela Reforma do
Estado, levada a cabo por Bresser Pereira, o “terceiro setor” é colocado num
patamar de “co-responsabilização” das questões públicas junto ao Estado, propiciando
a sua desresponsabilização com o eufemismo de “publicização”.
O
que é chamado “terceiro setor” refere-se “a um fenômeno real, ao mesmo tempo
inserido e produto da reestruturação do capital (...) para a função social de
resposta à ‘questão social’, seguindo os valores da solidariedade local, da
autoajuda e o da ajuda mútua” (2002:186).
Em
“A sociedade civil como arena de lutas no processo de transformação social”,
conclusão que bem poderia ser um terceiro capítulo, Montãno faz uma reflexão
sobre os movimentos sociais e as ONGs. Deixa claro o lugar ocupado hoje por
elas e, mais especificamente, a sua funcionalidade ao capital.
O
autor toma o cuidado de separar as ONGs que buscam suas parcerias com os
movimentos sociais das que, pelas suas práticas, procuram substituí-los.
Remonta, historicamente, ao seu surgimento nos anos 70 quando “assumiam um
papel articulador do lado dos movimentos sociais”.
Essas
ONGs mudam de lugar nos anos 90: passaram a ocupar paulatinamente, o lugar dos
movimentos sociais deslocando-os de seu espaço de luta e da preferência na
adesão popular (2002:271). Montaño privilegia, metodologicamente, a pesquisa
bibliográfica, e o faz com muita atenção. Encontramos, no trabalho, uma vasta
fonte de pesquisa que vai, como já mencionamos, dos defensores do “terceiro
setor” aos teóricos que sustentam a crítica feita pelo autor. Assim, mostrando erudição,
Montaño vai de Marx aos contemporâneos.
O
que o autor, prontamente, pode argumentar que não era a pretensão deste livro. Enfim,
compreendemos a lógica da reestruturação do capital e a forma pela qual as políticas
neoliberais são implementadas na sociedade brasileira e, ainda, como na
prática, a maioria das ONGs e o chamado “terceiro setor” sucumbem à lógica do
grande capital.
ETAPA:4/ PASSO: 1
Espaços assumidos pelas
ONG’S no lugar dos movimentos sociais.
As
ONGs assumiu um papel de grande importância junto à sociedade, na garantia dos
direitos da comunidade e no controle social. Assumiram um claro papel articulador
do lado dos movimentos sociais, e é captador de recursos para eles.
As
ONGs surgiram para dar respostas a necessidades específicas, tinha como
“missão” contribuir para melhor organização interna e também para articulação
entre os movimentos sociais, o ator principal, nesta relação, era o movimento
social; a ONGs, um importantíssimo ator coadjuvante.
Os
movimentos sociais eram grupos de trabalhadores que se uniam em busca de reivindicar
do governo seus direitos, com o surgimento ONGs esses movimentos foram perdendo
a força, e no lugar do movimento ficaram essas organizações onde em parceria
com o governo e com a empresa privada trabalham em prol da comunidade deixando
assim esses movimentos sobre controle, não se sabe com clareza a verdadeira
origem das ONGs, se deriva da caridade, da filantropia ou dos movimentos sociais,
para que estes sejam controlados.
Etapa: 4 / PASSO: 2
Diferentes
ONGs parcerias envolvidas e os resultados transformadores (ou não) da sociedade
comprovando ou negando o papel da ONGs como ator coadjuvante nas conquistas
sociais.
Baseado
nas pesquisas realizado sobre diferentes ONGs: como Infância – ação, Moradia e
cidadania, Leia Brasil concluímos a importância das ONGs na vida da comunidade,
apesar do verdadeiro interesses do Estado e das empresa privadas.
As
ONGs trás muitos benefícios para a sociedade, surgiu com da iniciativa da força
de vontade de três jovem universitários da cidade de Santa Maria, a missão
dessa organização e prestar assistência às crianças em situação de
vulnerabilidade ou de risco, a fim de que todas tenham oportunidade referentes
a educação, saúde, lazer, cultura e meio ambiente, promovendo a inclusão
social.
Moradia
e cidadania – cooperando para o fim da exclusão social, desenvolve e apoia
projetos e ações próprias ou em parcerias, intermediando recursos financeiros
para viabilizar soluções de moradia, teve origem no comitê da Ação da Cidadania
dos Empregados da Caixa, é responsável por iniciativas como educação, geração
de trabalho e renda e apoio às ações de combate à fome e à miséria para a
comunidade de baixa renda.
O
movimento se tornou uma organização Não – Governamental, com abrangência
nacional, Moradia e cidadania tornou-se uma ONG em agosto de 2001, recebeu o
título de Utilidade Pública Federal, tornando-a apta a receber doações de
qualquer natureza, principalmente de órgãos públicos, atua sem distinção de
credo, sexo, raça, idade, profissão ou ideologias políticas.
ONG
Leia Brasil: é uma Organização não governamental de promoção da leitura; Bibliotecas
volantes, eventos culturais e publicações são algumas das nossas ferramentas de
incentivo a leitura, criado em 1991 como um programa da Petrobras, em 2002,
após reestruturação, passou a atuar como uma ONG especializada no incentivo e
promoção da leitura como ferramenta de combate ao analfabetismo. Os programas tem o objetivo de promover a
leitura na comunidade escolar da rede pública de ensino.
Os
aspectos positivos dessas ONGs: atende as comunidades, pessoas , e contribuem
muito para a emancipação humana e com isso faz o papel que antes era obrigação do Estado, prestam
assistência a pessoas em situação de vulnerabilidade, na luta da garantia de
seus direitos.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRAFICAS:
MONTANO,
Carlos. Terceiro Setor e Questão Social – Crítica ao padrão emergente de
intervenção social. 6ª ed. São Paulo: Cortez, 2012. PLT nº 607.
http://www.infanciaacao.org/
http://www.moradiaecidadania.org.br/
http://leiabrasil.org.br/pdf/vivenciasde
leitura.pdf
Site:
www.quebratabu.com.br>Parceiros do Bem
Site: al – mt.jusbrasil.com.br/noticiário/1789829/lei –
sobre – ongs – vai – a - sanção – do -
estado.
http://ellianellessa.blogspot.com.br/